Erasmus tips ou de qualquer outra natureza (propostas de namoro, sexo louco e selvagem, you name it) - trippingnacracovia@hotmail.com, se não nos estivermos a tripar, respondemos.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
segunda-feira, 13 de junho de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
Equivalências, equivalências...
terça-feira, 15 de março de 2011
Pois que é o seguinte,
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Este blog está a ressacar...
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Delito 101 ou Karma is a bitch
Vamos a contas
Em Cracóvia, em cinco meses, ...
... soltei umas lágrimas.
... estive triste.
... conheci as pessoas mais estranhas.
... conheci pessoas muito, muito fofinhas.
... ganhei imunidade a constipações.
... comi com um garfo que estava há dois dias para ser lavado.
... passei a acreditar que «o que não mata, engorda».
... disse muitas vezes que «o pior é se mata».
... percebi o significado de «ter uma boa noite».
... apanhei uma bebedeira que figura certamente no meu Top5.
... tive permanentemente a sensação de estar a ser enganada em todos os restaurantes e lojas.
... fumei mais do que a conta.
... contei tostões.
... provei a pior comida do mundo.
... comecei a detestar noodles.
... deixei de conseguir comer bolachas de manteiga.
... fui nobremente introduzida às maravilhas da depilação com gilete.
... apaixonei-me. Três vezes por dia, todos os dias.
... pus a hipótese de ficar.
... fiquei com a certeza de voltar.
... risquei coisas da lista.
... visitei Auschwitz e lembro-me de cada passo.
... ganhei uma aversão para lá de grande a comboios.
... ia sendo multada.
... experimentei -25ºC.
... percebi que não é preciso muito para se morrer de frio.
... atravessei mais vezes o Vistula do que o Tejo.
... fiquei sem uma avó e não fui ao funeral dela.
... estive à beira de um ataque de nervos no laboratório.
... chamei mais nomes a mais pessoas na cara delas do que em toda a minha vida.
... pedi o Livro de Reclamações e recusaram-mo porque «estás na Polónia, não estás no teu país».
... dei-me com pessoas com quem não me daria em Portugal.
... tive medo.
... quis muito enrolar-me com um professor.
... conheci os melhores cafés do mundo.
... bebi o pior café do mundo.
... andei que me esmerdei.
... comi zapiekanki.
... caí algumas vezes, mas aprendi a andar na neve.
... vesti três pares de collants para conseguir sair de casa.
... limpei o quarto vez nenhuma.
... aspirei o chão quatro ou cinco vezes.
... roubei posters que agora vão para o lixo.
... fui à discoteca das discotecas.
... aprendi a fazer bolas de neve perfeitas.
... entrei em igrejas.
... estive em situações caricatas.
... aprendi a cozinhar.
... a senhora do super-mercado passou a conhecer-me.
... só não fiz o que não quis.
... nunca me arrependi de ter vindo.
A.
Agora a sério, ...
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Adeus, enxoval
Ora, ir embora é difícil. Por causa das pessoas? Não. Ao longo de quase seis meses acumulámos muita coisa neste pequenino quarto da Piast. Experiências? Oh yeah. Mas não é disso que este post trata. Trouxémos muita coisa de Portugal mas arranjámos cá uma quantidade estúpida de tralhas que parecem que floresceram como erva daninha aqui no quarto. Algumas das coisas não sabemos de quem são (se são tão-pouco de alguma de nós) nem de onde vieram. Se nós não ligámos a nada disto enquanto não chegou a hora do adeus e andavámos aos pontapés às coisas para chegar ao outro lado do quarto, agora é complicado fazer a triagem. Modos que a maior parte vai ou já foi fora. As malas são demasiado pequenas para tudo o que queremos levar (tudo o que é material, diga-se. Porque o que não se vê... 'Tá bem, 'tá.) e até andamos a sonhar com a forma de conseguir levar tudo o que queremos.
Mas o que mais nos custa é deixar cá as coisas que foram tão nossas amigas este tempo todo. Panelas, tabuleiro, frigideiras, chaleira eléctrica, pratos e taças (lindos que só eles), três garfos, três colheres, duas facas, dois copos roubados do primeiro andar e uma caneca verde-ranho que já não tem pega. Parecendo que não, trata-se de todo um enxoval que foi sendo feito com muito carinho e que faz parte da nossa história aqui. Tudo aqui abandonado. Sofremos por eles, já lhes demos muitos beijinhos, já lhes dissemos que não é que não os queiramos levar, é que não há espaço, mas que vão estar sempre nos nossos corações e nunca nos esqueceremos deles. Mas nao deixa de ser difícil... Não deixa de ser difícil...
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Já não atraímos prostitutas, sofremos um upgrade. Atraímos chulos.
No outro dia, fomos ao Diva. Note-se que esta se tratou de uma das nossas raras incursões a tal discoteca por razões que serão adiantadas mais à frente. Aquilo que podia ter sido uma saída aborrecida devido ao facto de certas (CERTAS!) se terem cortado à última da hora tornou-se por demais divertido, por mais do que uma razão. Mas a que vos interessa segue-se.
Pizza
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
O E. passou a Matemática.
Mas isto levanta outra questão: o que é que nós vamos fazer com as piadas e trocadilhos que já tínhamos feito a gozar com o facto de ele estar há dois anos a fazer a cadeira mais fácil do curso? E outras tantas que englobavam o ele ter ido a toda a frequência e todo o exame e nunca ter tido mais que 5? Problemas, a nossa vida só tem problemas.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
(no encadeamento dos posts aqui de baixo)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
(post dedicado a todos os nossos amigos que não apagaram o blog dos Favoritos quando leram o post anterior)
sábado, 29 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Os bares de Cracóvia I
Assim sendo, comecemos pelo cliché mais cliché de todos que até enjoa só de pensar: o Frantic. Ora isto é uma espécie de Lux aqui do sítio, mas em mau. Todo o troglodita lá aterra, isto, claro, devido à forma requintada como os security monkeys despacham betinhos e acolhem tchê máno's e pimps.
Nós nunca lá entrámos propriamente, também nunca tentámos, é verdade. Mas ouvimos histórias, e isso basta-nos. Isso e amarfanhar um Big Mac sentadas no degrauzinho do McDonald's cuja vista dá mesmo para a entrada do Frantic. Juro, é melhor do que ir ao circo em época de Natal.
Acho que aqueles.. seres, quando se estão a vestir para a night pensam qualquer coisa como: "epá, deixa cá ver quais são as calças mais mostra-tomates que tenho. Sim, porque o gajedo tem que ver bem aqui o material, se pudesse andava com uns néons a apontar aqui para o Messi das pilas, que isto é pequeno mas trabalha com'ós grandes!". E pronto, isso e uma camisinha preta ou lilás brilhante, vai bem com o sapatinho de bico e ala para o engate.
Senhores, este é o típico machóman que entra no Frantic e, claro está, engata.
Se fores um fofinho de Lisboa, calça de ganga no ponto, camisinha branca para fora a mostrar um nico do pelito, botinha Merrell ou Timberland ou raio que o parta, nananinanão. "Parece que vais fazer uma caminhada nas montanhas, bazê".
Não entrando neste mui nobre estabelecimento, um gajo vai ter ao Shakers, ali ao ladinho, assim com'ássim vai dar ao mesmo. E vai, no fundo, vai. Bebidas caras que dói, miúdas sobreproduzidas, músiquinha de há 5 anos atrás e muita mangueira, tudo com a mesmíssima ideia.
Se querem noites com erasmAs (desde turcas, lituanas, romenas, eslovenas, checas, russas, fáceis fáceis) têm o Diva. Todo o estrangeiro lá vai à procura de gado fácil, só que às vezes são caçados e calham-lhes as "profissionais do prazer". Giro deve ser a manhã a seguir quando a rapariga lhes pede guitos "para o táxi". Cién, igualito.
Prozak. Todo o estudante erasmus lá vai parar um par de vezes por engano, tal é a publicidade. Nunca percebi muito bem como aquilo funciona, ora há guestlist ora não há, ora estás muito bebêdo para entrar, ora não. Demasiada salsa, esfreganço a dar com pau (piadola), festas temáticas q.b. mas a cerveja é cara para o espaço. Já para não falar do ambiente... A menina não gosta, pronto.
Depois temos o Afera aos domingos que também não passa muito do standart: músiquinha comercial e ultrapassada, mas com bebida baratíssima, espaço para conversar (se não forem adeptos de bailarico como moi meme), espaço para fumar (muito importante, que isto agora com a lei anda pela hora da morte e está um frio desgraçado), muito erasmus, muita gente, beca beca. Thumbs up.
Para "arrematar", vá, não implorem mais. O Kitsch, antigo (pfff, AHAHAHA) bar gay, é bom para o after hours. Nem pensar ir para lá antes das 3h da manhã (a não ser que queiram morrer sufocados ou andar ao estalo), músiquinha antiga mas boa (principalmente se estivermos com os copos), muito engate, só vai para casa sozinho quem quer (e fizer que já não está a ver bem), check para a sala de fumos, preços acessíveis e poles (just in case).
A propósito da falta de tempo
Pudera, são três contra uma!
Aqui a do lado, a outra
sábado, 22 de janeiro de 2011
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Nós vamos parar ao Inferno
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
tradicional vs rebuscado

terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Dos desejos
A verdade é que esta terrivel doença que é a constipação praguense tem muito que se lhe diga. A mim, por exemplo, para além de todos os germes, atacou-me também com desejos. Não, não estou grávida. Mas acho que a ranhoca vai começar a sair com cara de cheesecake se a A. não me for buscar um entretanto.
O cair de um mito
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Parabéns, Croissant!
Akropolis
Nós devíamos ter desconfiado. Nós devíamos ter percebido que um lugar que fica a cinquenta e quatro mil quilómetros do centro da cidade, num bairro homólogo à Cova da Moura, não pode ser coisa boa. Mas não desconfiámos, mesmo quando aquilo de fora parecia um prédio prontinho a ser demolido. Entrámos à mesma, desembolsando 30 CZK. Descemos umas escadinhas e estávamos num sub-mundo. Corredores e mais corredores que levavam a duas salinhas: uma hardcore, com música daquela que entra na cabeça e nos começa a fazer ver pontinhos luminosos onde devia estar uma cara; outra com música assim baixinha, agradavelzinha. Óptimo para nós e sentámo-nos. O lugar em si parecia uma coisa que só vampiros ou foras-da-lei frequentariam. A luz também era coisa escassa. Só sabíamos onde estava uma de nós quando ela falava.
Praga, que cidade do caralho! III
Praga, que cidade do caralho! II
Pista: a bota está sobre um pedal.
Senhoras e senhores, eles têm um Museu das Máquinas de Sexo. Um museu com todo e qualquer objecto sexual desde os primórdios da Humanidade até aos dias de hoje. Têm inclusivamente toda uma secção dedicada ao sadomasoquismo. Uma coisa de medo, muito medo. É um lugar onde podemos sentar-nos no conforto de uma salinha a apreciar um filme pornográfico espanhol dos anos 20. E quem acha que por ser dos anos 20 é uma coisa soft onde o máximo que se vê é um tornozelo descoberto ou um ombro desnudado, engana-se! A pornografia hardcore nasceu nos anos 20, arriscamo-nos a dizer. Já para não falar no estranho que é estar na salinha com mais algumas quinze ou vinte pessoas. Olhares desconfortáveis, esgares, risinhos tímidos foram uma constante.
Está percebido agora o serem o principal exportador de pornografia a nível mundial?
Praga, que cidade do caralho! I
A praça principal com a Igreja de Nossa Senhora Diante de Tyn (qué feito da entrada? Não há.).
(post tardio, mas muito a tempo)
sábado, 15 de janeiro de 2011
Da próxima vez que jogarmos ao "Nunca" já vamos poder beber quando disserem:
Eu nunca quase fiquei apeada na fronteira sem ter a moeda do país para comprar o bilhete de comboio e como tal...
Eu nunca entrei num país sem bilhete.
Eu nunca paguei para checkar.
Eu nunca apelidei dois coreanos de Thai e Zé.
Eu nunca fui apanhada pelo Thai (ou foi pelo Zé?) com as calças na mão.
Eu nunca passei uma secção inteira de um museu de olhos fechados e em passo acelerado.
Eu nunca paguei 100 qualquer coisa por uma revista.
Eu nunca atravessei um rio de metro.
Eu nunca vi o Super Mário ao vivo e a cores.
Eu nunca vi o gajo mais giro do mundo.
Eu nunca fiz a dança do "Marry me" do Glee.
Eu nunca fiz a dança do "Marry me" do Glee a atravessar as passadeiras de Praga.
Eu nunca dei um concerto de músicas dos Glee na estação dos comboios de Praga.
Eu nunca ouvi ninguém a sniffar.
Eu nunca estive num bar de queimados.
Eu nunca cavalguei um bebé.
Eu nunca personifiquei uma estátua como algo suado e másculo.
Eu nunca vi um alien a servir num bar.
Eu nunca pensei em usar bling-blings, tal era a quantidade.
Eu nunca cantei "I just had sex" pelo metro de Praga.
to be continued..
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Das descobertas de vocação
Contudo, se a psicóloga me fizesse esta pergunta hoje, eu teria que lhe dizer que a minha melhor qualidade é fazer sampling. Nasci para isto. Dêem-me umas botas, uns frasquinhos, um rio e uma rede e é ver-me a samplar como ninguém. Podia relatar aqui coisas extremamente engraçadas da minha saída de campo, mas tudo parece insignificante quando comparado com o meu talento recém-descoberto.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
A marcar pontos desde 1990
Enfim, só não somos os melhores amigos por causa de uma tiny little thing que me dá cabo do juízo. Ele meteu na cabeça, porque meteu, que eu falo francês. Tem na convicção que, sendo portuguesa, tenho mais é que falar francês e, de caminho, espanhol e italiano também.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Great minds think alike
E lá abrimos aquilo sob um ambiente que, cada vez que inspirávamos, nos feria as narinas (tipo Edward quando sente o belo do cheirinho do sangue da Bella, percebem?). Mistério desvendado. Mais uma ideia genial. Eis que eles não resistiram e nos enviaram duas belas chouriças da Serra acompanhadas por um fofo (?) par de peúgas. Eu, sinceramente, acho que deviam ter mandado dois pares, assim com'ássim vamos ter que partilhar e isso é um bocadinho nojento (já para não falar que a outra calça o 45 na boa). Já a chouriça, não nos importa que tenha bolor, ahn?, a nossa varanda é que é capaz de não gostar muito do bom ar (nem as vizinhas, vá), mas descansem que com o moscatel que trouxemos ou com o vinho que comprarmos, elas vão.
Isto tudo para dizer.. muito obrigada, Fofinhos. Gostámos muito.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Quando...
The one and only... Kati!
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Hala Madrid!
A única coisa que pudemos decidir foi a hora do voo e quantas horas iriam as princesas passar em terras madrilenas. Pensámos que, se é para ir, ao menos que tivéssemos tempo para dar uma olhadela na aldeia. Decidimos por bem chegar a Madrid às 16h, ir dar uma voltinha, voltar para o aeroporto e esperar calmamente pelas 6h30 enquanto dávamos um toque no soninho de beleza. (Ahah 'tá bem, 'tá.)
Começámos no aeroporto de Lisboa, contentes que só nós, a planear passar chez Cristiano Ronaldo, dar um olá à Irina, uma beijoca à D. Dolores, um cafuné no Ronaldo Jr. e cantar umas modinhas com a Ronalda. (Entretanto descobrimos que dizer «Ronaldo Ronaldo Ronaldo» muitas vezes é extremamente engraçado porque, ao fim da vez número cinquenta e três, já não sai «Ronaldo» e as pessoas estão a modos que enfadadas connosco.)
Provámos mais uma vez ao mundo que somos auto-suficientes e que os espanhóis têm a pior pronúncia de inglês que deus algum dia deitou ao mundo e descobrimos a porcaria nos cacifos que, como é lógico, ficavam em direcção ao sol-postinho, longe do aeroporto, como se quer. Para futuras referências: «cacifos», em espanhol, é «consigna».
Resolvido o assunto, ala para o metro para ver se ainda temos contacto co
Subimos a rua até nos doerem as pernas e explorámos o sítio à volta. Madrid é assim tipo Lisboa, mas cinco vezes maior. Tudo é maior: os edifícios, as ruas, as rotundas, suspeitamos inclusivamente que as pessoas são mais altas. Andámos à procura do Bairro Alto do sítio para ir beber um copo mas ele não apareceu. Assim, acabámos por ir para uma coisa que devia haver em Lisboa: uma loja/café da National Geographic. Uma coisa muito gira em que tudo está à venda: a mobília, os quadros, os tapetes, as almofadas. O interior parecia uma casa na árvore e os empregados eram (giiiiiros) fofinhos.