sábado, 5 de fevereiro de 2011

Já não atraímos prostitutas, sofremos um upgrade. Atraímos chulos.

Lembram-se daquela teoria de que andamos a ser seguidas por câmaras e de andarmos a ser exibidas na televisão nacional da Polónia? Pois é, continuamos convictas disto.
No outro dia, fomos ao Diva. Note-se que esta se tratou de uma das nossas raras incursões a tal discoteca por razões que serão adiantadas mais à frente. Aquilo que podia ter sido uma saída aborrecida devido ao facto de certas (CERTAS!) se terem cortado à última da hora tornou-se por demais divertido, por mais do que uma razão. Mas a que vos interessa segue-se.
Estavam as princesas, quietinhas, a bebericar a sua cerveja, a chamar vacalhonas às polacas e a rebolar a rir com o que os polacos consideram ser «estar bem vestido», quando chega um grupo da Máfia. Ou da ciganagem, ainda estamos para descobrir. Vestidos integralmente de preto, dois ou três anéis de ouro em cada mão, sapatos brilhantes que doíam e, pareceu-nos, um ou outro dente de ouro. O charme personificado. Desde que entraram no espaço até virem alapar-se ao pé de nós passaram trinta segundos. De onde são e o que fazem e a conversa da treta do normal. E nós lá dissemos, com esperanças que ainda se oferecessem para nos pagar uma bebida. Eram noruegueses (arraçados de sicilianos, 'certeza), estavam na cidade em trabalho e bazavam no dia seguinte. De repente, saltam umas mãozinhas para as minhas pernas. Enquanto penso «Eu sabia que não devia ter trazido esta saia... Vais já refundida para o armário, minha amiga.», digo ao senhor «Uuui, vamos lá a ter calma que isto eu sou uma moça de respeito e não tenho por hábito enrolar-me com quem tenha idade para ser meu pai, amigo.» Depois seguiu-se a abordagem mais estranha da minha vida «És hospedeira de bordo? Pareces hospedeira.» WTF? É assim que se mete conversa hoje em dia?! «Ahah não, não sou. Não tenho idade para isso. Vinte aninhos, praticamente uma criança.» Resposta: «We could have fun tonight.» «Pois, suponho que podíamos mas não estou para aí virada, hei, olhinhos para cima. F., faz alguma coisa!» Nada. Divertida a assistir à cena. Às tantas, saiu-me um «Actually, me and her? We are together.» «Yeah, I can see that.» «No. Together as togeeeether. See?» Má ideia, A., má ideia. Não pareceu dissuadi-lo por aí além... «Modos que... adeusinho, ala.» E desapareceu-se-nos.
Isto, contudo, tem uma razão de ser, não pensem que aqui toda a gente é louca. O Diva é conhecido por ser um bar de miúdas que tendem a proporcionar bons momentos em troca de um valor monetário justificado. Putas, vá. Claro que nós só soubemos isto depois deste episódio. Porque nem os néons, nem o quartinho com uma cama que é chamado de «Quarto VIP» nem as empregadas meias despidas no-lo indicaram...

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