terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O cair de um mito

Desenganem-se os que de vocês achavam que os dias das princesas eram repletos de coisas interessantes e histórias vibrantes. Os que achavam que as nossas vidas acontecem num cenário brilhante, com arco-íris e borboletas.
Estamos doentes, muito doentes. Às portas da morte, arriscaríamos dizer. A verdade é que estamos muito, muito constipadas (uma doença um bocadinho larilas, é certo; mas muuuuito maçadora) e já estivemos mais longe de ligar para a morgue a reservar duas caminhas. Não aconselhamos niguém a entrar neste quarto sob pena de sair daqui tuberculoso (mentira, já convidámos a Kati a aqui entrar para ver se ela PÁRA DE PINAR dia sim dia sim).
Ora, ir ao médico está fora de questão que eles são talhantes com um diploma. Portanto, é encharcarmo-nos nos comprimidos todos que para aqui temos e esperar que matem o bicho. Praga traiu-nos e pegou-nos isto. Estamos sobretudo sentidas com Praga. Porque é uma coisa que não se faz; nós visitámo-la com tanto carinho, só dissemos bem dela e é assim que ela nos p(r)aga*. Nós que nem íamos apontar os defeitos que Praga tem. Porque Praga tem defeitos. Assim, só para ela não se armar em esperta, fiquem sabendo que, em Praga, toda a gente tem cães apaneleirados. Não há cães másculos e fortes, só merdas pequenas e histéricas. Em Praga, tem que se pagar para ir à casa-de-banho (estás no restaurante a consumir uma refeição que te custou os olhos da cara e dá-te a vontade súbita? Arrota 5 ou 10 CZK!) Aaah how does it feel, Praga? Que tal o sabor da traição?
Por outro lado, este dia tem-nos servido para pormos em dia as séries que temos vindo a acompanhar religiosamente desde que estamos na Polónia. A saber: Gossip Girl, Glee, Desperate Housewifes, Criminal Minds, Private Practice, Grey's Anatomy, Modern Family e, a mais recente descoberta, Californication. Tudo coisas que exigem um nível de intelectualidade baixinho, baixinho. Menos o Glee.
Aos que estão a pensar neste momento «QUE bando de desocupadas!», o nosso bem-haja.
* O que é que faz de nós pessoas extraordinárias, perguntavam vocês? A capacidade de criar piadas com este nível de complexidade mesmo com os pés virados para a cova.

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