segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A única pessoa que nos prestou atenção! Unf!

Como já aqui foi dito, se há coisa que nos aquece os corações é vir no 601 a dizer mal de tudo o que mexe. Ou então simplesmente a dizer coisas estúpidas pelo prazer de dizer coisas estúpidas.
Se não, vejamos: «Não é fixe que, aqui, possamos dizer asneiradas atrás asneiradas com um ar sério e fazer as pessoas pensar que estamos a falar de temáticas de relevo para a sociedade?» ou ainda «Se eu gritar aqui «Vão todos para o car&lho!» ninguém vai perceber e ninguém me vai à cara. Olha, «PILA PILA PILA». Ninguém reagiu grandemente, viste?». E continuamos a ter mais ou menos este nível de conversa (mais ou menos porque pode descer, nunca subir), fazendo experiências com outras palavras num tom de voz um nadinha acima do desejável.
Às tantas, oiço um «Sorry» do meu lado esquerdo e rezo para que seja alguém a querer sair do autocarro. Mas não. Gelo. «What language are you speaking in?». «Hm ahah...» digo eu, com uma gota de suor a escorrer-me pela testa «Hm... Porquê? Que língua é que te parece...?» «Is it Swedish? It looks like Swedish.» Aaaaah ok. (E agora podia fazer conjecturas acerca do sueco como língua e dos bardajões que os suecos devem ser, mas não. Guardo-as para mim.) «Néeepia, it's Portuguese.» «It's... what?» «Portuguese??», respondo, abrindo os olhos muito expressivamente. «Ok...» Ah c/brão, não estás convencido que exista, não é? «I'm sorry, but Portuguese is from...?», pergunta a pobre alma, convicta de que eu lhe vou responder assim tão facilmente. «Frooom...?», digo. «Frooooooooom........?», diz ele. E eu desisto, que se há coisa que eu sei é reconhecer um caso perdido. «From Portugal, buddy. From Portugal...»

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