segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

«Pão de trigo e linguiça para a merenda sempre dá para enganar a saudade.»

Quanto a vocês, não sabemos. A nós, ao lembrarmos Portugal, vem-nos imediatamente à ideia... bacalhau. Que mais? Quem diz bacalhau, diz um café (um café, senhores! Era tão somente um café que queríamos, um café curto, longo, o que fosse! Um café a que se possa chamar café e não esta mixórdia com que esta gente tenta iludir os nativos), uns tremoçozinhos, uns caracóis, na loucura. Mas Portugal é bacalhau. Mai nada.
De modos que tanto nos queixámos no Skype (esse grande senhor), tanto pedinchámos, tanta indirecta mandámos às mães que o bacalhau chegou. E nós que, outrora, gozámos com o facto de nos quererem mandar o dito pelo Correio, pulámos e guinchámos de alegria quando, ao abrir a encomenda, se nos começou a chegar o cheiro de um bonito bacalhau. (Ou três postas, vá, que se me chegasse aqui um bacalhau inteiro em meu nome, quem o ia buscar não era eu, 'certeza.) A acompanhá-lo vinha azeite, vinhozinho de mesa (yup.) e atum (que, aqui, comprar atum é coisa para requerer um curso superior). Quase nos vieram lágrimas aos olhos da emoção.
Cozinhar já foi outra conversa. Massa e arroz sabemos nós cozinhar, agora bacalhauzinho já é conversa para outros Carnavais... Mas como somos moças de QI (mais ou menos) elevado, fomos à internet e pusemo-nos a sacar receitas. Encontrámos uma simples que metia cebolas e batatas a murro e pareceu-nos a nossa cena. Aprendemos um novo termo. «Demolhar». Parece que se não se fizer isso ao bacalhau, ele fica intragável.
Fiquem com o resultado.



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