E falando em kebabs, temos uns amigos turcos do mais simpático que há. Impingiram-nos o chá e agora não queremos mais nada, quer dizer, também gostamos das tortas, das bolachinhas e de todos os doces que nos queiram oferecer. Quando quiserem, já sabem, um andarzito acima.
E falando em andares... Isto cada andar tem um hall grande com duas cozinhas, uma sala do lixo (don't ask), uma sala trancada onde se pratica sexo louco, não, mentira, está trancada não sabemos o que é, e umas quantas portas que dão para dois quartos. Ora quer isto dizer que partilhamos um outro mini (mas mini) hall com o quarto do lado, ah sim, e partilhamos também uma casa de banho (que está sujaaaa e ninguém se chega à frente para limpar. Ouviram?!). Acontece que isto de partilhas seria muiiiiito bom se fossem com dois polacos giros e altos e descomprometidos que acordassem de manhã e fossem ver o tempo à varanda (comum, claro) ainda em boxers. Bom não. Muito bom. Mas não. Em vez disso, temos uma californiana com a mania que é gente e uma húngara intrometida e com riso estridente (esqueci-me, também é um bocadinho esfomeada).
A Piast, em si, é um pequeno mundo. Não apenas pelas quantidade de gente com diferentes nacionalidades em que uma pessoa esbarra, mas também porque é quase uma comunidade auto-suficiente. Ele é cabeleireiro, ele é cantina, ele é café, ele é lavandaria, ele é restaurante chinês, ele é Correios, ele é papelaria. Só não tem uma farmácia (e o jeito que já nos tinha dado). A cantina é assim uma espécie de sopa dos pobres porque toda a gente com aspecto duvidoso lá vai parar. Nós fomos lá uma vez, mas já sabemos que, da próxima, temos que escolher o outfit apropriadamente para eles não acharem que somos as princesas cá do sítio e nos açambarcarem todo o qualquer bem que levemos connosco. Calças de fato-de-treino e t-shirt a dizer «15ª Meia-maratona de Fornos de Alqueide» vai muito bem. E temos mais um problema neste mundo que é a cantina da Piast. As senhoras não falam inglês, pasmem-se. A ementa não está em inglês, dá para acreditar? Pois que estamos destinadas a comer sempre o que a pessoa da frente come. Isto porque a pessoa pede e nós apontamos «The same. A mesma merda, vá.». Correu bem. Até ao dia...
Só mais uma coisa para terminar o raciocínio: frigoríficos, q'é isso, gentes polacas? Frigorífico, por estes lados, significa chão-da-varanda-que-com-sorte-se-há-de-encher-de-gelo-e-então-aí-sim-talvez-possamos-comprar-iogurtes-e-fruta-e-pizzas. Por enquanto, está assim:
zapiekanka :P
ResponderExcluirpelo menos vocÊs têm ovos... eu tenho de os roubar ao guille...
p.s.- pelos vistos foram ao M1 comprar um microondas, aspirador e estendal.. vá! já tamos a ficar mais aconchegadinhos ca no coador!