domingo, 17 de outubro de 2010


Diz que sim, que a Cracóvia é muito bonita, as pessoas afáveis e o tempo uma maravilha. Pronto, bem-vindos à Cracóvia.

Passemos então ao que de facto interessa que são as experiências que sucedem aqui às princesas. Coisas que, temos para nós, não acontecem a mais ninguém. Já desenvolvemos inclusivamente uma teoria que é mais ou menos isto: os polacos estão todos feitos uns com os outros para nos colocar nas situações mais embaraçosas que existem. Achamos que há uma câmara a seguir-nos há coisa de um mês. Uma espécie de Big Brother mas em bom. Uma coisa que depois passa na televisão polaca. E somos a nova sensação cá do sítio.
Comecemos então com um episódio que sucedeu há qualquer coisa como duas semanas. Enquadramento: nós, às 2 ou 3 da manhã, na paragem do autocarro à espera do nosso 601 para virmos repor energias a casa que é como quem diz, dormir que nem lontras. Pois que chega uma rapariga toda ela muita base, muita purpurina, muito rímel e muito de outra coisa qualquer que lhe fazia as pestanas terem 5 cm de comprimento. That's fine to us. Pois que a moça mete conversa connosco num tom de voz muito a atirar para o psycho-o-que-eu-vos-fazia. E que está em Cracóvia há muito pouco tempo e que estuda Psicologia e que trabalha num clube que nós, vai-se a ver, e até conhecemos. Diz o nome e nós que não, ainda não conhecemos, mas também estamos cá há pouco tempo. «Eeer... It's a strip club.» «Aaaah bom, confere então.» E a partir daqui, descambou. Que faz muito dinheiro, que devia deixar de fumar, que já perdeu muitos homens por causa do tabaco, mas, coitadita, é um vício. Que adooooora Portugal do fundo do coração, aquelas praias, ui que bonitas que são, e que é um país muito bonito, com mulheres muito bonitas. «Ah então já lá foste?» «Não.» «Pronto, está bem.»

A moça pergunta «E vocês estudam?» Nós que sim. «Então e trabalham?» Nós que não. «Então e gostavam?» Pumbas, já chegámos ao que interessa. Amiga, com toda a consideração que o teu trabalho nos merece, não estamos interessadas em entrar no showbiz no ramo da dança exótica. Prioridades. Mas ela continua a dizer que aquilo dá muito dinheiro e quando uma de nós (vejam lá se sabem qual) começa a pensar que se calhar não era tão mau quanto isso e até se propõe a perguntar «How much exactly are we talking?», chega o autocarro. Aaaargh, fica para a próxima. E pronto, foi esta a nossa rápida incursão do mundo dos strip clubs.

2 comentários:

  1. tenho medo de imaginar qual das duas perguntou isso. mesmo a sério...

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  2. O que eu me ri, o que eu me ri!!!
    continuem a postar que isto alegra-me muito por cá... principalmente quando acordei as 6 da manha de um domingo para ir para a vossa tão saudosa faculdade estudar até mais não... "MAIS NAÃO!"
    Sodadi sta mata, Croissant

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